Primeiramente, vamos nos ater aos fatos:
1. "Chuva deixa desabrigados, causa enchentes em SP."
2. "Ártico chega à temperatura mais alta em 2 mil anos."
3. "Desde há 3 000 anos até ao início do século XIX o nível do mar manteve-se praticamente constante, subindo entre 0.1 e 0.2 mm/ano; desde 1992 dados de altimetria por satélite obtidos pelo TOPEX/Poseidon indicam uma subida de aproximadamente 3 mm/ano."
4. "Cidade gaúcha tem 90% das casas destelhadas durante ventania."
5. "São Paulo termina o mês 4 graus mais quente que o normal."
6. "Pelotas registra temperatura mais baixa em 34 anos."
7. "Em Belém, temperatura deve aumentar no mês de dezembro causando um calor insuportável."
8. "Cidades como Conceição do Araguaia, Redenção e São Félix do Xingu chegam a registrar em máxima de até 39º, com uma sensação térmica de 42º."
Será que fatos como esses são mera coincidência? Ou fazem parte de um cenário cheio de "efeitos especiais" de mais um filme de cinema?
O aquecimento total nos últimos 100 anos é de 0,8ºC. Desse total, 0,6ºC resulta das últimas três décadas. "Os sinais são evidentes. Os cinco anos mais quentes no século ocorreram na última década", disse James Hansen, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, em comunicado da unidade da Nasa.
De acordo com o 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle.
Diminuir a emissão de gases do efeito estufa é uma atitude que implicará numa mudança em toda a estrutura industrial e econômica dos países e também mudança de hábitos de consumo e estilos de vida de muitos de nós. Isso torna muito mais dificil, pois, quem quer abrir mão de suas conveniências em prol de um bem maior? Mas, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, correremos sérios riscos e poderemos ver:
- a floresta amazônica transformada em savana;
- rios com menor vazão e sem peixes;
- uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo;
- o derretimento irreversível de geleiras;
- o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras;
- a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e
- o aumento de doenças tropicais como dengue e malária.
Está na hora de tomarmos consciência e começarmos a agir. Cada um fazendo a sua parte, já é muito... como diz o ditado, "de grão em grão, a galinha enche o papo". É mais fácil agir agora de maneira menos egoísta, do que depois de maneira desesperada. E, infelizmente, na vida real, diferentemente do filme, não haverá uma "arca de noé" para nos salvar.
E por falar em filme, aqui vão umas boas sugestões: 2012, Um dia depois de amanhã, Uma verdade inconveniente e A síndrome da China. E uma página muito boa para ler e estar por dentro da COP15 é: esta aqui.
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